Há um tempo atrás fiz um comentário onde eu disse que 300 mil acs e ace do país não faria diferença no resultado das eleições presidenciais 2010. Hoje observo que estava totalmente equivocado dentro do meu ponto de vista. 300 mil acs e ace poderão sim, fazer a diferença nessas eleições. Já é sabido que o presidente virou as costas para a classe e nem aos menos se quer demonstrou interesse em ajudar. Enrolou daqui, enrolou de lá, arrumou várias justificativas, mas no final caiu fora. O governo mostrou claramente que não tem nenhum interesse em melhorar a vida desses profissionais, que façam chuva ou sol, estão sempre batendo em porta e porta, levando uma palavra amiga, orientação preventiva, reduzindo a mortalidade infantil, em fim, são esses profissionais que levam conforto para os mais necessitados.
Não são só os 300 mil acs e ace que podem mudar o rumo dessas eleições, tem também os seus familiares, que muitas das vezes veem as dificuldades daquele parente que trabalha como acs e ace. Tem acs e ace que tem outro emprego para poder manter sua família, pois o que se ganha com funcionário municipal é pífio. Outros, aqueles que são desprovidos de outra qualificação profissional, acabam passando fome ou dependem da benevolência alheia. O que pôde ver no governo Lula foi o desprezo, e acho que no governo de sua sucessora não haverá mudanças. Corre-se o risco da luta arrastar tempos em tempos e nada acontecer. Assim como ocorreu com a aprovação do piso dos professores, os acs e ace também podem padecer com seus direitos editados somente no papel.
Agora os 300 mil acs e ace tem a chance de mudar o seu futuro. Um futuro, em que cada profissional seja valorizado. Que possa ter a oportunidade de se qualificar melhor, de mudar o rumo de sua história. Vou contar uma história que aconteceu durante as eleições de 2004 para prefeito. Um determinado candidato de uma cidade chamada Ipameri, interior de Goiás, concorria ao cargo de prefeito dessa cidade. Além dele existiam outros, que ao longo do período eleitoral fizeram diversas campanhas. Pois bem! Quando chegou o dia da votação, esse mesmo candidato, por motivo de irregularidade não pôde votar. Moral da história, ele perdeu a eleição por um voto de diferença, o seu próprio voto! A todos acs e ace de todo o Brasil, um voto faz sim a diferença. Imaginem então 300 mil! Afinal de contas, em uma disputa de segundo turno... sabe lá, o que pode acontecer.
Jorge Durães
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