Cerca de 54% dos eleitores de 2010 não completaram o ensino fundamental, de acordo com o TSE. Para o professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB) Paulo Kramer, esse é um complicador para o voto voluntário.
"A democracia brasileira precisa de educação para poder ter estágio de maturidade", afirmou. De acordo com ele, o interesse pela política varia na razão direta de status socioeconomico e educacional do eleitor. "Quando mais educado é o povo, mais interessado em participar da vida política ele é", argumentou.
Para o cientista político Marcus Figueiredo, do Instituto de Estudos Econômicos, Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), a teoria de que o voto obrigatório educaria o eleitor ao exercício da democracia não tem sustentação. "A tradição brasileira está sustentada no princípio de que o exercício da participação eleitoral educa, tem valor pedagógico e força a participação da maioria. Isso é discutível", afirmou.
O cientista político Valeriano Costa acredita que o voto obrigatório tem um papel educativo, de apoio à democracia e deveria ser mantido. Segundo ele, a obrigatoriedade é uma forma de manter camadas mais pobres da população atentas à questão eleitoral.
O voto obrigatório foi implantado no Brasil com o primeiro Código Eleitoral (Decreto 21076/32) e transformado em norma constitucional a partir de 1934. Naquela época, quase 70% da população nacional vivia no campo e a participação política era pequena. O código foi regulamentado durante um período de transformações institucionais para dar credibilidade ao processo eleitoral.
"A democracia brasileira precisa de educação para poder ter estágio de maturidade", afirmou. De acordo com ele, o interesse pela política varia na razão direta de status socioeconomico e educacional do eleitor. "Quando mais educado é o povo, mais interessado em participar da vida política ele é", argumentou.
Para o cientista político Marcus Figueiredo, do Instituto de Estudos Econômicos, Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), a teoria de que o voto obrigatório educaria o eleitor ao exercício da democracia não tem sustentação. "A tradição brasileira está sustentada no princípio de que o exercício da participação eleitoral educa, tem valor pedagógico e força a participação da maioria. Isso é discutível", afirmou.
O cientista político Valeriano Costa acredita que o voto obrigatório tem um papel educativo, de apoio à democracia e deveria ser mantido. Segundo ele, a obrigatoriedade é uma forma de manter camadas mais pobres da população atentas à questão eleitoral.
O voto obrigatório foi implantado no Brasil com o primeiro Código Eleitoral (Decreto 21076/32) e transformado em norma constitucional a partir de 1934. Naquela época, quase 70% da população nacional vivia no campo e a participação política era pequena. O código foi regulamentado durante um período de transformações institucionais para dar credibilidade ao processo eleitoral.
Agência Câmara
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