Foto: Agência Brasil
Bandeira do Brasil erguida no morro do Alemão, símbolo da vitória histórica no Complexo do Alemão, ocupado pelas forças de seguranças.
Ao longo de toda semana, a sociedade carioca vivenciou momentos de terror. Ataques em diversos pontos da cidade demonstraram ações sincronizadas dos bandidos. Em lugares e horários definidos, o que se viu foi pânico e desespero de cidadãos de bem. Ônibus e todos tipos de veículos eram alvos escolhidos dos meliantes. Eles ateavam fogo, causavam um verdadeiro cenário de terrorismo.
O Estado reagiu. Investigações detectaram os mandantes dessas ações criminosas. Prisões decretadas, bens bloqueados e transferência de criminosos para outras unidades prisionais, foi parte de uma grande operação iniciada no Rio de Janeiro.
Marginal sem casa, sem arma, sem território, sem moeda de troca é muito menos marginal do que era antes", José Mariano Beltrame
Uma megaoperação coordenada pelo Estado, juntamente com as forças de seguranças, policia militar, civil, federal, exercito, marinha e aeronáutica, fizeram a grande diferença entre o Estado soberano e o narcotráfico. O objetivo era ocupar os territórios, antes dominados há anos por traficantes, e dar ao morador a sua liberdade. A paz aos poucos vai tomando o lugar da insegurança, do medo e domínio do tráfico. Durante muitos anos a ausência do Estado favoreceu para o
fortalecimento do narcotráfico carioca, com isso essas comunidades, Vila
Cruzeiro e Complexo do Alemão ficaram submetidas as leis impostas pelo
tráfico, daí surgiu o chamado poder paralelo. Os traficantes mandavam e
desmandavam na comunidade, eles determinavam ordens aos moradores e
praticavam execuções quando necessário.
Jorge Durães
A ocupação da Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão é só o inicio de uma longa guerra. Ainda há outras comunidades que permanecem sob o domínio do tráfico. Mas, o dia 28 de Novembro de 2010 será um marco histórico para a sociedade carioca, o principio de uma estratégia bem definida e coordenada. A conquista do Complexo do Alemão não trás somente a liberdade, o direito do cidadão como um todo, mas a importância do comprometimento do Estado e o engajamento da população no combate ao crime.O território jamais será dado de volta aos criminosos", Rodrigo Oliveira, subchefe operacional da Polícia Civil.
Jorge Durães
